As lágrimas principiaram a cair aos borbotões. Trovões! Raios! Ventos violentos! ─ Um dilúvio! As lágrimas invadiram todas as ruas da felicidade Encharcaram as encostas que desabaram soterrando o desejo, matando o sonho. As lágrimas derrubaram as pontes do Rio Vida! As pontes! A ponte entre a razão e a paixão ficou interditada, a ponte entre a criatividade e a linguagem foi arrancada pela força impetuosa das lágrimas: as palavras ilhadas, as filosofias famintas, a paixão doente e sem socorro, os ânimos sem alimentos e água potável. Sem piedade, as lágrimas invadiram a residência do Amor, as lágrimas subindo, a casa submergindo, o Amor tentando sobreviver no telhado. A casa caindo, o Amor tentando imergir, o amor se afogando, agonizando, Tentando se salvar! O amor não sabe nadar... A corrente é forte é impetuosa e não há ninguém para salvá-lo! Vald Ribeiro